
Victor Lawrence Bernardes Santana
Hipnose Clínica e Programação Neurolinguística
O ser humano ao desenvolver a linguagem e as relações sociais deu os primeiros passos para algo jamais visto em nosso planeta desde então: o estabelecimento da cultura. Ela nos possibilitou evoluirmos até o momento presente e trazendo inúmeras conquistas como as artes, a tecnologia, o conforto e a agilidade da informação. Porém tais conquistas não foram ganhas sem custo, junto vieram os acometimentos da alma/psyque, que são os contratempos das relações intrapessoais e interpessoais.
Ao longo dos séculos, pode-se observar os diversos tipos de “males da alma” que o ser humano pode enfrentar. Muitas as explicações a respeito foram feitas por filósofos e religiosos na tentativa de entender a natureza desses fenômenos. Até o século XIX tais males eram entendidos por distúrbios neurológicos, tratados a partir de procedimentos médicos, ou os chamados problemas de moral, que eram corrigidos a partir do aprendizado adequado. Sigmund Freud (1856-1939) teve um importante papel no desenvolvimento da medicina e da psicologia ao “inaugurar” o conceito de sofrimento psíquico.
Tal sofrimento muda ao longo do tempo, é vivenciado de forma coletiva (na família, na comunidade e sociedade), e mesmo com suas transformações, possui algum elemento que é constante. Tal elemento é o que permite um grego do século II a.C. ter sintomas muito parecidos com a melancolia descrita em manuais psiquiátricos do tempo presente. O principal elemento que se transforma no tempo é a forma de se falar desse sofrimento.
São várias as psicopatologias que afetam as pessoas em nossa sociedade nos tempos atuais. A depressão, por exemplo, se tornou um problema de saúde pública, afetando 322 milhões de pessoas no mundo e 11,5 milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nosso país tem a maior prevalência de depressão na América Latina e o segundo maior nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos. Já a ansiedade, ainda de acordo com a OMS, afetou 264 milhões de pessoas no mundo em 2015, com um aumento de 14,9% desde 2005. Deve-se considerar ainda que pessoas com depressão costumam ter algum transtorno de ansiedade. O Brasil apresenta 18,6 milhões de pessoas com transtorno de ansiedade. Como se os números já não fossem alarmantes, o cenário pode ficar ainda mais grave, considerando que a maioria das pessoas que estão em um quadro de depressão não sabem de sua condição. Embora não se tenha um cálculo exato, para as pessoas que sofrem da doença sem ter conhecimento, a prevalência pode chegar a 30% da população mundial.
Quanto antes início do tratamento das psicopatologias, maiores são as chances de evitar complicações futuras. O não tratamento dessas condições pode causar diversos problemas graves, por exemplo, no caso da depressão há um aumento da probabilidade de comportamentos de risco, problemas de saúde, drogas, no trabalho, dificuldades nos relacionamentos, problemas na alimentação, na autoimagem e nos pensamentos. O não tratamento pode fazer com que ela dure semanas, meses ou anos. No entanto o tratamento adequado, pode ajudar a maioria das pessoas com depressão. Os efeitos a longo prazo da depressão não tratada incluem um agravamento do caso, pensamentos suicidas, aparecimento de outras condições clínicas. Quando a depressão é tratada com sucesso a partir de medicamentos e psicoterapia, os pensamentos de suicídio vão embora.
A psicoterapia deve ser incluída de forma integral no tratamento desses transtornos e de qualquer tipo de sofrimento psíquico que cause limitação da vida da pessoa. Ela é um tipo de terapia que tem por objetivo o tratamento de sofrimentos psíquicos, tais como depressão, ansiedade, pânico, transtornos alimentares e de sono, entre outras condições psicopatológicas. A psicoterapia com orientação na hipnose clínica e na Programação Neurolinguistica (PNL), é um tipo de terapia breve focada na resolução de problemas que visa oferecer um futuro melhor para o cliente.
Esse tipo de psicoterapia está preocupado principalmente com a "funcionalidade" ou "disfuncionalidade" de como as pessoas se comportam e da forma como eles se relacionam com a sua própria realidade. Assim do ponto de vista estratégico, para mudar uma situação problemática é desnecessário descobrir as causas profundas do problema, mas trabalhar sobre a forma como este problema é mantido no presente. Assim na terapia estratégica o trabalho se concentra desde o início, em quebrar o círculo vicioso de como o problema se mantem, focando o presente (e não o passado), como o problema funciona, em vez de o "porquê" ele existe. Ou seja, o objetivo é encontrar soluções em vez de causas.
Assim na psicoterapia estratégica com base na hipnose clínica e PNL, o objetivo é levar o sujeito de uma posição inicial rígida e problemática para uma perspectiva mais flexível e funcional, com mais escolhas. A terapia segue de forma ativa e prescritiva, comumente produzindo resultados desde a primeira sessão. Quando não, o terapeuta modifica a sua própria estratégia com base nas respostas dos clientes, para encontrar a estratégia certa para orientar a pessoa a uma mudança definitiva em sua própria vida.